O Milagre da Sophia

22 Junho, 2018

Os milagres ocorrem quando a fé e a esperança é vivida no amor eterno.

Os milagres não acontecem por acaso, tudo é fruto do saber tocar o intocável.

Os milagres acontecem quando o coração é humilde.

Os milagres ocorrem quando os lábios purgados expressam o verbo do infinito.

A tia da Sophia vivia fascinada desde a juventude com a ideia fixa de um dia sair de Valeta, capital da República do arquipélago de Malta e conhecer Paris e Berlim.

Decorria o ano 2001 quando Ângela se decidiu dar vida ao seu sempre desejo de viajar e conhecer.

O tempo era de meditação e oração, decorria a Semana Santa.

Aproveitando as férias e com a oferta insistente da tia Ângela, Sophia com apenas 11 anos, radiante aceitou acompanhá-la, apesar da angústia de deixar sua mãe e sua irmã de apenas 9.

Sophia, que havia ficado órfão de pai aos 10 anos devido a um acidente de trabalho, parte com alegria apesar da preocupação que se deslumbrava no seu pálido rosto e olhos brilhantes e humedecidos.

Marie, mãe de Sophia, estava muito debilitada, estando baixo tratamento médico após extirpação de tumor. Abraçava-a e exclamava: “Não te aflijas filha, uma semana, passa voando”.

 

Após visitarem Paris e outras cidades mais a norte, dirigiram-se para Berlim.

Ângela e Sophia estavam fascinadas ao verem ao vivo o local por onde havia estado «plantado» o “Muro da Vergonha”; visitaram museus, lugares históricos e grandes centros comerciais.

Chegaram a Augsburg, almoçaram e em seguida o grupo acompanhou a Margarete – a guia turística, onde visitaram a pequena Capela de St. Peter am Perlach.

Na pequena Capela, Sophia não tira os olhos do quadro de “Nossa Senhora Desatadora dos Nós” quando e de repente, esta se apercebe que os olhos da Imagem da “Senhora” se movem. Sophia fecha e abre os olhos uma e outra vez, e aqueles olhos a fitavam e se moviam para ela. Sophia estava apavorada e estática, move a cabeça e coça as pálpebras e o fenómeno se desvanece e tudo regressa ao normal.

Entusiasmada escuta atentamente a Margarete que afirmava: “… a imagem de Nossa Senhora aqui representada a batizaram de “Nossa Senhora Desatadora dos Nós”, foi pintada por um artista alemão, Johann Schmidtne, em 1700, movido por uma inspiração bíblica.

Este painel tem 1,10 metros de largura por 1,82 metros de altura.

Para pintá-lo, o artista inspirou-se nos seguintes dizeres do século III: “Eva, por sua desobediência, atou o nó da desgraça para o género humano; Maria por sua obediência o desatou”.

Esse pensamento e escrito é do Santo Irineu, bispo de Lyon e mártir no ano 202.

 

Neste belíssimo quadro, Maria é representada como a Imaculada Conceição. Ela está situada entre o Céu e a Terra e o Espírito Santo que derrama suas luzes sobre a Virgem.

E em cima de sua cabeça estão doze estrelas que significam as doze tribos de Israel, os doze signos do Zodíaco e os 12 planetas da Via Láctea, assim como o número de apóstolos, por quem, após a morte de Jesus, foi chamada de Mestra nas dúvidas, consoladora nas angústias, desatadora das amarrações e fortaleza nas perseguições.

 

Poderemos observar, Ela surge exatamente conforme São João relatou em Apocalipse 12: “Um grande sinal do Céu: uma mulher revestida do Sol, a Lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de 12 estrelas”.

Outro ponto marcante no quadro é o manto azul que Maria está usando. A veste parece estar em movimento e simboliza a glória que reveste a Rainha no Céu. Ao vê-la tão bela e gloriosa, os anjos Perguntaram: “Quem é esta que surge qual aurora nascente, bela como a Lua, refulgurante como o Sol, imponente como um exército formando uma batalha?”.

 

Após a simples e curta sinopse, Sophia e de acordo ao seu diário de bordo, estava como hipnotizada por “Nossa Senhora Desatadora dos Nós”.

Permaneceram em Augsburg até ao dia seguinte.

Durante a noite, Sophia recebe inesperadamente a visita de “Nossa Senhora Desatadora dos Nós”, que a iluminou com uma cor indescritível e sorrindo, lhe diz: “- Filha! Pede e te concederei.”

Sophia julgava que se tratava de um sonho ou pesadelo, abafou a cabeça com medo e aquela luz ali permanecia e a mesma voz suave, de novo exclamava: “Não tenhas medo…”.

A jovem destapou-se, mirou para a cama adjacente onde a tia Ângela dormia e ressonava profundamente.

Sophia lembra-se de imediato dos pastorinhos de Fátima em Portugal e com voz trémula, afirma:

“Senhora bendita! Curai a minha mãe, dai o Céu ao meu paizinho, e dai-nos sorte e dinheiro para os nossos alimentos e estudos…”

 

O rosto da esplendorosa “Senhora” sorri e dos seus lábios expele um suave beijo e sua luz e imagem se dissipa suavemente do quarto semiescuro, deixando um odor a uma essência algo como jasmim.

Sophia passa a noite desperta. As lágrimas e os pensamentos confusos são companheiros até ao romper da aurora.

O autocarro que as levaria de regresso a Berlim, partiria às 10,30, mas Sophia insistia com a tia para regressar uma vez mais à Capela, mas por fim lá chegaram com a insistência da jovem e através de um táxi.

A Capela estava fechada, Sophia se ajoelhou diante da porta, orou durante uns 5 minutos, enquanto Ângela observava as redondezas e de repente a medalha de “Nossa Senhora Desatadora dos Nós” cai à sua frente, esta pasmada exclama para a tia: “- É Ela! É Ela …”, beijou-a e ambas partiram.

Diariamente, Sophia reza a “Nossa Senhora Desatadora dos Nós” e na sexta-feira seguinte, a “Senhora” lhe surge novamente e lhe ensina como desfazer-se das ataduras ou amarrações e encontrar a paz e a prosperidade que condicionava a família e sua formulação ao alcance de todos; ademais e para satisfação e espanto desta, “Nossa Senhora Desatadora dos Nós” lhe confidencia que no Céu se escutou suas súplicas e sua mãe está totalmente curada.

A jovem Sophia não quis avançar com mais detalhes, baixo juramento, confidenciou apenas o acontecimento veredicto e sagrado à sua mãe, à tia Ângela e a mim, que prometi divulgar o milagre que “Nossa Senhora Desatadora dos Nós” havia realizado, sem revelar detalhes pessoais.

Sophia me confidenciou que a iriam desacreditar, como ocorreu inicialmente com os 3 pastorzinhos, mas tinha em mente a promessa e o propósito de ajudar aqueles que estão atados ou amarrados e que procuram na fé e esperança, transformar a vida mais fulgurante e segundo esta, a “Senhora” lhe disse «Tudo está impresso nas estrelas e ninguém tem a exclusividade de nada e nesta consideração, te ajudarei a transformar a tua e a vida dos que amas – a vida é um jogo, é amor, letras, números e estrelas – aposta no silêncio da fé e ganharás!…”.

Sophia vive radiante com o milagre alcançado – a cura da enfermidade de sua mãe querida.

Todas as manhãs e todas as noites dirige suas preces e honras a Nossa Senhora Desatadora dos Nós.

Durante 8 semanas, Sophia dava uma chave de números à tia Ângela para que esta regista-se sua aposta e que um dia lhe pagaria. Assim a tia cumpria a rigor o que a sua sobrinha lhe pedia.

Para acréscimo da felicidade, Sophia ganha um Jackpot no valor superior a 9 cifras. Vive feliz com a mãe e a irmã no anonimato, na mesma casa que a viu crescer e passam despercebidas com uma grande riqueza concedida por “Nossa Senhora Desatadora dos Nós” que lhe revelou o «sistema personalizado» que Sophia o batizou de “Deusa dos Milagres”.

 

No dormitório de Sophia podemos ver uma réplica de “Nossa Senhora Desatadora dos Nós” ladeada pelo busto do pai no lado direito e o da mãe no lado oposto.

Sophia honrou-nos com o dito sistema da “Deusa dos Milagres” – revelado e ensinado por “Nossa Senhora Desatadora dos Nós” com a condição de propalar seu sagrado Nome e virtude, por todos os necessitados e em especial os crentes e acrescenta: – A “Senhora” me disse que ninguém é dono da exclusividade de nada!

É neste compromisso de fé e esperança que o desejo e a vacilação é posta à prova.

Ninguém pode respirar por ninguém.

O amor e a fé não se negoceia.

As revelações são sinais da fé e da esperança que se traduzem em realizações a curto, a médio ou longo prazo.

 

“… e eles ataram e com tantos nós tensos e bem amarrados…

Nossa Senhora escutou e chegou e tudo desatou!

O Sol acordou e o galo cantou, o homem despertou, confiança depositou e o mistério se revelou!

Nossa Senhora chegou, a sorte desatou e graças lhe dou!”

Ao partilhar a minha página, está a espalhar alegrias e sorrisos – grato!

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