Mais de uma vez fui abordado por gente do mundo dos livros sobre o “ipod”.
– Fulano de tal fez um “ipod” espetacular!
Em termos genéricos pensava logo… mas quem desenvolve uma história com “ipod” me dá logo a sensação de ser um plagiador, então como não quero entrar em e perdas de tempo com polémicas decidi eu mesmo explicar-me.
– Mas o que é o ipod?
A maioria dos leitores, autores, escritores e mesmo profissionais do ensino, desconhecem esta palavra e seu significado, e é nesse intuito que vou responder e mais uma vez de forma simplista.
O “ipod” – desconhece-se sua real origem mas simplesmente julgo pertencer à língua de Shakespeare – inglesa (i) “Eu”, (pod) “transporte”, é uma palavra composta, embora tenha diversas interpretações; Sendo muito usada no mundo dos computadores.
O uso do “ipod” não é mais nem menos que escrever uma história baseada na história de outro livro de qualquer género literário, transcrevendo-o na íntegra ou parte do mesmo ou contando a mesma história de forma diferente, usando-se outro tipo de escrita e com a mesma interpretação ou modificada, pondo de parte a realidade ou as suposições.
Quanto a meu ver, existem 3 tipos de “ipod” e para os menos esclarecidos, o “ipod” é o “guião ou argumentação” do autor que irá escrever sua história baseada de um outro livro e que em regra, a partir da biografia de um personagem ou acontecimento.
Há necessidade de dar uma classificação de género literário e como sempre de forma simplista, vou expor num contexto sumário a minha visão, na tentativa de dar um melhor esclarecimento, ei-lo:
1.º Ipod: Referem-se às compilações reais já usadas e que muitos autores continuam realizando – biografias de personagens.
Aqui predominam factos reais ou supostos.
2.º Ipod: Aqui entra a especificidade da temática – a Matemática, a Física, a Química, História, Geografia, a Língua, enfim tudo o que faz parte de temas comuns – reais ou por suposição.
Neste “ipod” predomina a lógica, o real e a incógnita, as limitações e o desenvolvimento da investigação que conduzem ao aperfeiçoamento e às descobertas e atualizações.
3.º Ipod: A este “ipod” lhe denomino de “Ipod Social ou Ficcionista”, porque nele se insere todo o género de literatura desde a criação de personagens e acontecimentos reais ou imaginários, inclui não somente os livros de várias categorias e géneros, assim como as historietas – sínteses ou contos, as letras musicais e os guiões ou argumentações para a cinematografia – uma história cuja base cronológica, tem sua envolvência, cumplicidade e mesmo incluindo o abstrato – aqui encontramos a real inovação em todo o género de leitura que oferecem autênticos direitos autorais, como referência, a poesia, a prosa e as letras musicais entram nesta classificação, variando apenas seus géneros literários.
O mundo virtual – o ficcionismo – a suposição – a imaginação em toda a sua plenitude de cruzamentos – o intocável tocando – a fantasia e a realidade da situação, da condição e do tempo.
A contextualidade dos sinónimos e antónimos, que se cruzam no delírio da mais singela e complexa imaginação – verdade versus mentira.
A profusão do imaginário que se cruza com os talentos, e que, navega entre o suspense e as frequências dos polos da realidade e da suposta verdade.