O Pai Natal é convidado a jantar na casa de uma família que havia chegado à cidade para escapar da ira do tempo que havia assolado sua aldeia. Gradualmente, a família se adaptava ao novo estilo de vida da cidade e sobreviver na dignidade é a regra de uma educação desde o berço. Deus e a Deusa, haviam concedido a John e a Elizabeth 12 filhos e por ordens ou destino divino, cada um deles de cada Signo do Zodíaco. Na semana anterior ao dia tão desejado – o Natal, Elizabeth havia construído um pequenino banquinho, feito com as madeiras de caixas de vinho espirituoso. Lis, de apenas de 3 anos, vivia momentos emocionantes e sempre consigo carrega seu banquinho mágico. John apressa-se naquela tarde, véspera do dia do «Nascimento do Menino», em montar o pinheirinho aromático que havia encomendado, para o enfeitar e todos pudessem colocar seu sapatinho, como de costume – antes de irem para a cama. Lis acompanho-o sempre de perto arrastando e sentando-se no seu banquinho, com o seu vestido vermelho de xadrez, as pernas cruzadas e as meias brancas arrendadas e sapatinhos também vermelhos. Cor alusiva à época do espírito vivente. Este exclama: – Estás…
Os milagres ocorrem quando a fé e a esperança é vivida no amor eterno. Os milagres não acontecem por acaso, tudo é fruto do saber tocar o intocável. Os milagres acontecem quando o coração é humilde. Os milagres ocorrem quando os lábios purgados expressam o verbo do infinito. A tia da Sophia vivia fascinada desde a juventude com a ideia fixa de um dia sair de Valeta, capital da República do arquipélago de Malta e conhecer Paris e Berlim. Decorria o ano 2001 quando Ângela se decidiu dar vida ao seu sempre desejo de viajar e conhecer. O tempo era de meditação e oração, decorria a Semana Santa. Aproveitando as férias e com a oferta insistente da tia Ângela, Sophia com apenas 11 anos, radiante aceitou acompanhá-la, apesar da angústia de deixar sua mãe e sua irmã de apenas 9. Sophia, que havia ficado órfão de pai aos 10 anos devido a um acidente de trabalho, parte com alegria apesar da preocupação que se deslumbrava no seu pálido rosto e olhos brilhantes e humedecidos. Marie, mãe de Sophia, estava muito debilitada, estando baixo tratamento médico após extirpação de tumor. Abraçava-a e exclamava: “Não te aflijas filha, uma semana, passa voando”….
Ele foi amigo da casa durante anos, fez-se passar por cego e seus amigos o ajudaram. Fingindo-se de cego e armado de intenções desonestas e caprichosas… Tentou por tateamento fruir do corpo de sua amiga… Esta se apartava e dizia: Desculpe, somos amigos e nada mais, e além disso sou casada e tenho respeito por mim mesma… Este está determinado e mantém seus intentos, se apercebia de quando o marido saía de viagem para se encaixar na sala da vizinha… um dia se desmascarou. Esta ficou surpreendida e este acrescenta: – “Ela havia feito um milagre…”. Entretanto, esta recebe uma chamada do esposo e conta o sucedido… e este exclama: – Para Deus nada é impossível! Esta sente, o aproximar por detrás do suposto cego, tentado abraça-la e diz: – Exijo respeito, pense sim em agradecer a graça recebida. Sentam-se no sofá da sala, e esta vai à cozinha e diz: – Agora que obteve essa graça divina de «ver», veja que deito este ovo neste prato – veja bem… Em seguida, esta com o gargalo da garrafa absorve a gema do ovo, e o coloca no interior e diz: Claras num lado e gema noutro. Amizade e amor são…
A Opala sentia-se triste… perdera parte do brilho dos seus belos reflexos. Desde aquele dia nefasto, em que sua fiel e amada proprietária deu o último suspiro, devido aquele insólito e súbito acidente. Naquela bela mão, sentia-me a rainha das pedras e da beleza – sentia cores e odores, sempre escutara de alegria e muito viajei em muitas peripécias participei. Sentia-me segura, talvez a preferida da minha rainha. Conquanto, as demais eram trocadas periodicamente e eu ali permanecia reluzindo e sentido sua delicada pele. Já estava habituada à intempérie da água que corria nos dedos das mãos. Agora aqui sozinha e desprezada no meio de lamentos e escuridão. Aqui fechada, no meio de outras que adormeceram num sono profundo desta escuridão. Maldito cofre que não deixa penetrar nenhum raio de inteligência. Tento mover-me, por vezes bato na porta e ninguém me ouve! Eles sabem que eu existo e tenho valor, porque senão, aqui não estaria. Vou resistir e não vou adormecer, numa muda de cofre. Não tenho a minha dama – prefiro estar num expositor, onda possa ver, brilhar e fazer sonhar. Parece-me que há magia, acordaram da letargia e até já conversam, coisa rara. O Cristal repete sempre a…
Bom dia! Diga quanto custa senhor, a uva? – Bom dia! Está em promoção… são 7 ao quilo. Obrigado senhor! Bom dia! Diga senhor, quanto custa a uva, esta semana? – Bom dia! Aproveite a promoção, um dia acaba! Baixamos para 5 ao quilo! Obrigado senhor! Bom dia! Diga senhor, quanto custa a uva, esta semana? – Bom dia! Está quase a acabar! Baixamos para 3 ao quilo! Obrigado senhor! O comprador regressa dias depois e diz: – Bom dia! Diga senhor, quanto custa a uva hoje? O vendedor sorrindo, diz: – Bom dia! Acabou a promoção, lhe disse que um dia acabaria! Veja aqui o preço, custa 10 ao quilo! Este com semblante de interjeições – acrescenta: – Diga-me senhor, estiveram a 3 ao quilo e agora quer levar 2 quilos a 10. Com franqueza, lhe digo que são iguais e até estas, já estão passando do ponto de amadurecimento – estão um pouco melosas, para ser honesto! Saiba, que o senhor me surpreende, lhe peso já, os 2 quilos. Desculpe o atrevimento, posso saber, qual o seu trabalho? O comprador contesta: – Felizmente, trabalho na limpeza dos jardins do Município. Este com semblante tristonho e pensativo, coça a…
Na montanha há uma grande derrocada e o gelo dificulta os trabalhos dos homens, o comboio está parado. Felizmente não há vítimas a lamentar! O Pai Natal está impaciente, fez as renas repousar por exaustão. Agora preocupado… porque faltam apenas 3 horas para a noite Santa – O cantar da anunciada! Na aldeia as chaminés foram limpas, porque as regras instituídas obrigam que elas estejam desobstruídas de gorduras, cinzas, ninhadas e especialmente de toxinas geradas pelo monóxido de carbono que é um gás venenoso e que não tem cheiro nem sabor! Aos que não cumprem as regras, o Pai Natal simplesmente não deixa as correspondentes ofertas e deixa um postal com um pinheirinho curvado e triste, também uma mensagem num grande autocolante colado no centro da porta principal da casa e escrita com tinta vermelha fluorescente: – “A negligência é um risco e penaliza especialmente os meus queridos que eu amo e que me amam – No próximo ano veremos!”. No entanto a lenha queima suavemente, os gases são canalizados e o calor se espalha nos recantos da casa e no espírito natalício de todos. Crianças e mesmo os adultos estão eufóricos… tanto pelas prendas como pela ceia sagrada em…
O Natal aproxima-se e Pedro tem 8 anos e Rita sua irmã 7 anos. Este se decide e incentiva a irmã a escrever ao Pai Natal e cria uma maneira original de enviarem seus pedidos ao mágico de barbas brancas que flutua e viaja nos ares com suas renas. Acordaram em construir uma joeira, a fim de despertarem a atenção do velho, isto em virtude de que o Pai Natal no ano anterior, apenas deu a Pedro umas botas e à Rita um casaco com capucho! Entusiasmados, cada um deles faz a sua joeira com as cores do Pai Natal. Pedro lhe colocou umas barbas e colou nos aventais ou abas, muitos recortes de telemóveis e na cauda uma carta que acrescentava: “Por favor Pai Natal, não se esqueça também de uma capa verde!”. Rita, com um marcador desenha nas abas, muitos corações e na cauda da joeira amarra uma carta que dizia: “Querido Pai Natal e Mãe Natal! Sabes que somos pobres e minha mamã está enferma e acamada devido a uma queda, se for da tua vontade, por favor fala com Jesus para que cure a minha mamã! Pode ser? Pedro diz: Posso saber o que estás…