Inesquecível, Pai Natal

22 Junho, 2018

O Pai Natal é convidado a jantar na casa de uma família que havia chegado à cidade para escapar da ira do tempo que havia assolado sua aldeia.

Gradualmente, a família se adaptava ao novo estilo de vida da cidade e sobreviver na dignidade é a regra de uma educação desde o berço.

Deus e a Deusa, haviam concedido a John e a Elizabeth 12 filhos e por ordens ou destino divino, cada um deles de cada Signo do Zodíaco.

Na semana anterior ao dia tão desejado – o Natal, Elizabeth havia construído um pequenino banquinho, feito com as madeiras de caixas de vinho espirituoso.

Lis, de apenas de 3 anos, vivia momentos emocionantes e sempre consigo carrega seu banquinho mágico.

John apressa-se naquela tarde, véspera do dia do «Nascimento do Menino», em montar o pinheirinho aromático que havia encomendado, para o enfeitar e todos pudessem colocar seu sapatinho, como de costume – antes de irem para a cama.

Lis acompanho-o sempre de perto arrastando e sentando-se no seu banquinho, com o seu vestido vermelho de xadrez, as pernas cruzadas e as meias brancas arrendadas e sapatinhos também vermelhos. Cor alusiva à época do espírito vivente.

Este exclama:

– Estás linda!

– Estás a gostar?

O papá faz coisas muito lindas, exclama Lis.

No quintal, os irmãos emocionados se divertem com a «cabra-cega» e outras brincadeiras e contos inventados «à la minuta».

Betty conta a história dos Reis Magos, todos escutam atentamente, mas Daisy de 84 meses, interrompe:

– Já conheço essa história é sempre a mesma. Quero que o Pai Natal me ofereça aquela boneca grande que eu vi na montra dos brinquedos – não quero roupa nem sapatos.

Richard, ri às gargalhadas e exclama:

– Eu cá quero é uma caixa grande, daqueles chocolates grandes… que os barcos trazem.

Elizabeth, chama 3 a 3 para o jantar e John acrescenta para Lis – Vai comer princesa!

Esta contesta suavemente:

– Não papá! Wu gosto muito do papá!

Eu espero pelo papá, está bem?

Está bem! – Contesta o pai e acrescenta:

– Vai para aquele cantinho, o papá vai ligar as luzinhas, quero verificar se tudo está bem.

Lis assim o faz.

As luzes são acesas e John verifica tudo ao pormenor e diz:

– Gostas?

Se tu gostares, o Pai Natal, também vai gostar.

Lis contesta com os lhos brilhantes e expressivos, fixando o pai:

– Está tudo lindo! Gosto muito daquelas luzinhas, são estrelinhas do céu, apagam e acendem. Papá, eu sei quem é o Pai Natal! Um dia uma estrelinha me disse baixinho ao ouvido que o Pai Natal, é o papá e que em cada família há um pai natal.

John se ri e a suporta em seus braços e diz:

– Mas, como sabes tanto?

– És muito inteligente!

Esta, se abraça ao pescoço do pai, lhe dá um beijinho na testa e exclama:

– Sabe papá, quando fui levar a vacina com a mamã e a mana, passamos numa loja e na monstra estavam dois fatos do Pai Natal e lá estavam as barbas brancas. Portanto papá, o único Pai Natal é Jesus e está no Céu muito ocupado em curar os meninos e as meninas, os velhinhos e os doentes.

John pasmado a levita e exclama:

– Sim é verdade minha princesa. Mas este segredo fica para nós – não se diz nada aos teus irmãos. Sabes esta lenda é uma homenagem à bondade de Jesus para a felicidade das crianças.

John chama a esposa e os filhos e exclama diante os olhos arregalados e e as variadas interjeições e se abraça a Elizabeth e acrescenta:

– Gostam? Eu penso que o Pai Natal vai gostar.

O «comilão» levanta o braço e confessa:

– Eu cá gosto muito do Pai Natal, gosto comer coisas diferentes e boas.

Elizabeth abraçada ao esposo e feliz diz sorrindo:

– Bem! Agora meninos e meninas, agora tragam os vossos sapatinhos com um papelinho dentro com o nome de cada um e colocai-os aqui debaixo do pinheirinho:

Paula interfere com pasmada e com sua típica timidez:

– Mamã! Mas não é na chaminé como no ano passado?

Verdade! – Acrescenta Louis.

Elizabeth olha para John e sorriem e esta diz:

– Não tivemos tempo de limpar a chaminé. O papá já escreveu ao Pai Natal, dizendo que a porta vai ficar sem estar trancada, para ele entrar, explicando os motivos e a pedir desculpas porque a chaminé não foi limpa.

Lis emocionada, entre ambos, com uma mão se agarra na perna do pai e com a outra a perna da mãe.

John feliz exclama:

– Elizabeth, agora todos vamos saborear um daqueles «licorzinhos» que costumas fazer todos os anos. E, por favor, traz-me o meu chapéu mexicano e a tua viola.

Júlio interrompe:

– Mamã! Para mim, me encantas aquele feito de tangerinas, é uma delícia.

Lis exclama:

– Papá! Eu não quero.

Este contesta:

– Prova só querida! Molha só o dedinho e é docinho. A mamã faz co muito sabor e pouco teor a álcool, não lhes vai fazer mal algum, também já vão para a cama, dormirem até à chegada do Pai Natal…

Lis, sorri e prova com o dedinho o licor de nozes.

John coloca seu estimado barrete natalino, coloca os filhos alinhados formando uma meia-lua e lhes diz:

– A mamã toca, o papá canta e quando o papá levantar a mão, todos dizem em coro “BENDITO SEJA O MENINO JESUS”, quando o papá colocar o dedo indicador na boca, todos se calam e repetem as vezes que o papá levante de novo a mão, entendido?

Todos em sintonia respondem:

– Sim papá!

Elizabeth empunha a viola e dá umas afinações, alguns acordes e claves. Também coloca seu barrete natalino e o espetáculo da homenagem ao Menino, vai começar.

John, rapidamente improvisa uma letra para os acordes maiores e menores de Elizabeth, eis a letra improvisada:

“Eu canto, tu cantas e todos cantaremos em honra e bondade do menino.

As estrelas no céu brilham e a luz rompe a escuridão e enche o coração vazio.

Coro: “BENDITO SEJA O MENINO JESUS”

O amor e a bondade de Jesus não podemos esquecer.

Connosco permaneces quando o Sol e a Lua despertam.

Te honramos e eternamente gratos te alabamos e cantamos.

Coro: “BENDITO SEJA O MENINO JESUS”

Bendito seja o Menino Jesus que ilumina os caminhos e os passos do Pai Natal e da Mãe Natalina – Bendito Menino.

Coro: “BENDITO SEJA O MENINO JESUS”

Um Menino que se fez Homem e que por vontade nos entregou sua bondade – o amor nunca se esquece e nunca se vai do nosso coração.

Contigo sempre estaremos. Não há fronteiras nem distâncias que nos separe de Ti.

Coro: “BENDITO SEJA O MENINO JESUS”

Bendito Menino ilumina os meus filhos e todas as famílias.

Amado Menino orienta e enche de coragem e esperança o coração do Pai Natal e da Mãe Natalina.

Coro: “BENDITO SEJA O MENINO JESUS”

Faça frio ou calor, alegria ou dor, clamamos teu amor e bendita a tua divina luz que nos guia – amado Menino.

Coro: “BENDITO SEJA O MENINO JESUS”

 

John faz uma vénia, beija a esposa e todos se abraçam em alegria.

Agora todos rumam para as suas camas, cheios de expectativas.

John mira para Lis e diz:

– Tu podes ficar mais um pouco, sei que gostas de fazer companhia.

Te amo papá, é verdade – acrescenta Lis.

John, feliz exclama:

– O papá agora vai preparar uns petiscos e a famosa canjinha de galinha.

Lis observa as galinhas e diz:

– Papá, as galinhas têm ovinhos pequeninos e outros maiores.

Este sorri e contesta:

– Sim! Muitos ovinhos. As galinhas caseiras são mais gostosas e têm mais ovos, a canja vai ficar uma delícia e com a carne o papá vai misturar neste molho e fazer sandes.

Elizabeth repete o ritual e se entretém nos afazeres dos bolos e doces, assim como acabar de dar os últimos retoques na decoração e na mesa do canto onde estão os pratos, as chávenas e demais utensílios, verifica se falta algo e se está tudo a rigor, para receberem aquele homem velhinho de barbas brancas que já caminhara da Lapónia em direção a todas as casas e lugares onde haja crianças e gente de boa vontade e bondade como o Menino Jesus o foi e sempre o será.

O Pai Natal e a Mãe Natalina, estão prestes a chegar a esta família para lhes desejar um FELIZ e ABENÇOADO DIA de NATAL do MENINO JESUS e em especial para todos os meninos e meninas bem comportadas como a Lis e os irmãos que em coro alabaram, alabam e sempre alabarão – o Menino Jesus.

Que em todo o lugar, em cada lar e em cada ser, se manifeste o Espírito Natalino de Jesus Cristo – Pai Natal, com amor, concórdia, paz e alegria.

Benditos sejais e todos com amor vamos colorir a nossa e a vida de todos.

 

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